Nascido no Rio de Janeiro e prestes a completar 17 anos de estrada, Diego Marques foi criado na casa dos avós maternos em Santa Rosa, Niterói, já que os seus pais tinham poucas condições financeiras. O artista descobriu seu dom desde criança, quando fazia shows nos encontros da família. Ficou por lá até os 18 anos, a partir daí o jovem decidiu fazer teatro e resolveu estudar - a passagem pela Escola Técnica Martins Penna abriu os caminhos artísticos.
A carreira profissional começou em 2005 trabalhando na Coof Cia Teatral, em Niterói. Participou de espetáculos musicais como "Forrobodó: Um choro na cidade nova", dirigido pelo André Paes Leme, fez diversos espetáculos com grupos, produções e principalmente com a Cia Entreato. Chegando no ano de 2016, Diego passou por uma grande crise financeira, e daí nasceu O Funil. “Em um curso com o Fabiano Freitas, o palhaço Piter Crash, o Fabi me deu de presente um Funil para fazermos uma intervenção na rua e proteger minha cabeça. Quando vesti o Funil, alguma coisa aconteceu. Na Entreato vesti o nariz de palhaço inúmeras vezes, mas nunca havia sentido algo parecido antes de vestir o Funil. Esse menino malandro me trouxe tudo o que tenho como artista e ser humano hoje”.
Com passagens pela Record e TV Globo, Diego Marques, atualmente, mora em Lisboa e trabalha como Animador Sociocultural em um projeto social na Quinta do Mocho. Em 2024 retoma suas atividades como Funil nas ruas de Portugal, mas não abre mão de sua veia como educador e pesquisador do Teatro em Comunidades.
Aos 23 anos descobriu que seu avô paterno era um artista popular na serra de São Benedito, no Ceará. Os relatos que ouviu foram de que ele era um caçador, que no dia da Folia de Reis, encarnava os personagens e levava alegria ao povo. Seu pai contava que a sua morte precoce foi tão forte onde moravam que o caixão dele foi seguido pela cidade até o seu corpo ser enterrado. O curioso, é que aos 23, Diego já trabalhava com a cultura popular, tinha um interesse pelas linguagens regionais do Brasil. Quem despertou esse interesse no rapaz foi a Cia Entreato, hoje criadora da Casa Torta no Bichinho, em Tiradentes, e ensinou o artista a admirar a beleza da estética da cultura popular, as histórias do nosso povo, nossos mitos. Ele também participava de um grupo de Jongo em Niterói chamado ‘Jongo Folha de Amendoeira’, “O Jongo me despertou para diversas reflexões sobre minha cor, minha ancestralidade e sobre os processos de racismo que eu vivia sem me dar conta. Essas são as influências que cito agora, mas acredito mesmo que meu saber foi feito nessa encruzilhada, nesses encontros da vida. Axé aos meus mestres e mestras! ” – conclui Diego.
Flor de Mandacaru
Ep Andanças
O Menor Picadeiro do Mundo
Romanceiro Popular
Jornal Extra
TV Aparecida
Palhaço Funil© é uma marca registrada de Diego Marques Correia. CNPJ 19.474.214/0001-28